O deslizamento de terra causado pela ruptura dos muros de uma barragem em Minas Gerais (Sudeste do Brasil) já viajou 700 quilômetros em 20 dias. Atingindo a foz do Rio Doce, na imagem.
Este domingo (22/11/2015) o volume de lama na boca do rio intensificou na região costeira do Espírito Santo.
Antes de chegar ao mar, a onda de lama "foi alinhando o percurso do rio, Marcus Vinicius Polignano explica, coordenador do Projeto Manuelzão, uma iniciativa da Universidade Federal de Minas Gerais para estudar a atividade econômica e da situação ambiental na área.
Coordenador do projeto Manuelzão, da Universidade Federal de Minas Gerais, Marcus Vinicius Polignano, alertou em uma entrevista que a chegada de lama para o Estado do Espírito Santo, vizinho a Minas Gerais vizinho. "A avalanche de lama se espalhou cerca de 62 milhões de metros cúbicos de resíduos", disse ele.
Centenas de quilômetros de quilômetros acima do rio Doce, as águas ainda são marrons. "Apesar da lama não ter uma composição tóxica do ponto de vista químico, a densidade tem muito impacto. Será que a formação de um tsunami de resíduos, onde quer que aconteça, não causa destruição e morte", diz sobre o impacto ambiental o especialista atividade econômica Marcus Vinicius Polignano.
"É o maior rio que nasce e morre no centro-sul. É o símbolo da região, e está morto. Tornou-se um curso de água estéril. É a maior tragédia ambiental no Brasil", disse o fotógrafo brasileiro e ecólogo Sebastião Salgado em uma entrevista ao jornal "El País", da Argentina.
